sábado, 10 de julho de 2021

BANDIDO QUE MATOU MULHER POR FEMINICÍDIO EM SÃO LUÍS É CONDENANDO A 28 ANOS DE PRISÃO

 


O assassino J. R. S. S, conhecido como “Riba”, foi condenado a 28 anos, 2 meses e 4 dias de reclusão por ter matado E. I. D. P. Ele foi condenado pelo crime de feminicídio, com as qualificadoras de traição ou emboscada e ocultação de cadáver. O assassino vai cumprir a pena inicialmente em regime fechado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde já está preso desde 2019.


O crime ocorreu no período entre 16 de abril, quando E. P desapareceu, a 26 de agosto de 2019. Consta na denúncia que, após quatro meses do desaparecimento, foi encontrada a ossada da vítima na área de matagal na Avenida Jerônimo de Albuquerque, perto do Hospital Carlos Macieira, no bairro Calhau, em São Luís. A identificação da ossada só foi possível por meio da arcada dentária da vítima.


Ainda conforme a denúncia, a vítima estaria se relacionando com J S.  Laudos periciais, como a geolocalização dos aparelhos celulares de ambos, apontou que ele estava no mesmo local no dia do desaparecimento de E P. Na denúncia, ainda consta que no dia do desaparecimento da vítima foram efetuadas 14 ligações entre ela e o assassino.


E P, à época, tinha 22 anos, era dona de casa e deixou uma filha pequena de quatro anos de idade. Ela residia na comunidade Juçatuba, na zona rural de São José de Ribamar.


Na sentença, em relação a conduta do réu quanto ao crime de feminicídio, a juíza denota culpabilidade exacerbada, “ante a notória reprovabilidade social, sobretudo porque, no caso em questão, o réu, era uma pessoa próxima da vítima e de seus familiares, além de ser conhecido de todos na pequena comunidade onde viviam, o que potencializa o sentimento de repulsa.”


A magistrada negou ao réu o direito de recorrer em liberdade. Após o julgamento, J R S foi levado de volta para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.


A sessão de julgamento foi presidida pela juíza Rosângela Santos Prazeres Macieira, titular da 1ª Vara do Júri. Na acusação atuou a promotora de Justiça Cristiane Coelho Maia Lago, e na defesa o advogado Tacílio Santana Filho e a advogada Jéssica Cardoso de Oliveira.


A sessão de julgamento só terminou às 21h. Parentes de E I D P estiveram presentes no júri.



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