A PF prendeu quatro pessoas, durante operação realizada na Região Metropolitana de São Luís e na cidade de Bequimão. A operação visa combater o crime de contrabando de cigarros, que chegam a costa maranhense, vindos do Suriname.
Nesta quarta-feira (28), a Polícia Federal cumpriu quatro mandados de prisão e 11 de busca, durante a operação Melicertes, realizada na Região Metropolitana de São Luís e na cidade de Bequimão, a 352 km da capital. A operação tem como objetivo combater o crime de contrabando de cigarros, que chegam a costa maranhense, vindos do Suriname.
Segundo a PF, a investigação contou com a participação da Polícia Militar do Maranhão, e teve início após a prisão em flagrante, realizada pela PM, em setembro de 2020, de um grupo criminoso responsável pelo contrabando de cigarros apreendidos em um porto clandestino, na zona rural de Bequimão.
Na ocasião da prisão em flagrante, além da carga de cigarros contrabandeados, avaliada em R$ 2.500.000, também foram apreendidos a quantia de R$ 12.697 em espécie e uma arma de fogo.
Durante a prisão em 2020, com os suspeitos foram encontrados um revólver, com seis munições intactas, e uma quantia aproximada de R$ 12.500.
“Durante as investigações, foi possível identificar uma estrutura criminosa dedicada ao contrabando de cigarros oriundos do Suriname, introduzidos no território nacional em pontos de desembarques clandestinos localizados na zona costeira do Estado, contando ainda com a participação de policiais militares que atuavam fazendo a segurança da carga”, explicou a PF, por meio de nota.
Cerca de 52 policiais federais e policiais da corregedoria da Polícia Militar do Maranhão participaram da operação desta quarta-feira (28)
Ainda de acordo com a Polícia Federal, a operação desta quarta-feira foi um desdobramento da investigação desse caso de contrabando. A PF representou pela expedição de medidas cautelares junto à 2ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Estado do Maranhão, que expediu 15 mandados judiciais, sendo 11 de busca e 4 de prisão.
A PF afirma os envolvidos poderão responder pelos crimes de contrabando, facilitação de contrabando e associação criminosa, com penas que podem chegar a 13 anos de prisão.
Operação Melicertes
De acordo com a Polícia Federal, a operação foi denominada Melicertes fazendo uma alusão ao deus grego Portuno, o qual era o deus das chaves, portas e gado, além de proteger os depósitos onde se armazenavam cereais, porém, em determinado momento da história, em razão das associações populares, Portuno passou a ser confundido com Melicertes, e evoluiu para um deus primordialmente relacionado aos portos.