sexta-feira, 31 de julho de 2015

Vacina contra Ebola tem êxito em teste e pode acabar com surto, diz OMS

LONDRES (Reuters) - O mundo está pela primeira vez prestes a ser capaz de proteger os seres humanos contra o Ebola, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira, após dados de um teste na Guiné mostraram que uma vacina foi 100 por cento eficaz.

Os resultados iniciais do estudo, que testou a vacina VSV-ZEBOV, da Merck e da NewLink Genetics, em cerca de 4.000 pessoas que estiveram em contato próximo com um caso de Ebola confirmado, mostrou 100 por cento de proteção após dez dias.

Os resultados foram descritos como "notáveis" e "virada no jogo" por especialistas em saúde. "Acreditamos que o mundo está prestes a ter uma vacina eficaz contra o Ebola", disse a especialista em vacinas Marie Paule Kieny, da OMS, em uma entrevista à imprensa em Genebra.

A vacina pode agora ser usada para ajudar a acabar com o pior surto de Ebola já registrado até hoje, que matou mais de 11.200 pessoas na África Ocidental desde que foi detectado em dezembro de 2013.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que os resultados, publicados online na revista médica The Lancet, são um “desdobramento extremamente promissor". "Esta vai ser uma virada de jogo", disse ela a jornalistas. "Vai mudar a gestão do atual surto de Ebola e de futuros surtos."

Esse e outros experimentos de imunização foram acelerados com enorme esforço internacional de pesquisadores para conseguirem testar terapias e vacinas enquanto o vírus ainda estava circulando com força.

"Sabíamos que era uma corrida contra o tempo e que o experimento tinha de ser realizado sob as circunstâncias mais difíceis", diz John-Arne Röttingen, chefe da área de controle de doenças infecciosas no Instituto Norueguês de Saúde Pública e presidente do grupo de acompanhamento do experimento.

A entidade beneficente Médicos sem Fronteiras (MSF), que vem liderando a luta contra o Ebola na África Ocidental, está agora apelando para que a VSV-ZEBOV seja levada aos outros focos do surto, Libéria e Serra Leoa, onde a entidade diz que poderia quebrar cadeias de transmissão e proteger os trabalhadores de saúde na linha de frente do atendimento aos doentes.


(Reportagem adicional de Tom Miles, em Genebra, e Ben Hirschler, em Londres)

Romário faz repórteres da veja saírem do facebook

Brasil - O senador e eternamente marrento Romário tocou de lado para que seus eleitores chutassem.
Ontem, publicou no Facebook a pergunta “inocente”:
Alguém aí tem notícias dos repórteres da revista Veja Thiago Prado e Leslie Leitão, que assinaram a matéria afirmando que tenho R$ 7,5 milhões não declarados na Suíça? E do diretor de redação Eurípedes Alcântara? Dos redatores-chefes Lauro Jardim, Fábio Altman, Policarpo Junior e Thaís Oyama?
Gostaria que eles explicassem como conseguiram este documento falso.
E tascou os links para as páginas de Facebook dos indigitadossem sugerir nada, porque era desnecessário.
Foi uma avalanche de críticas e ironias nas páginas cujos endereços eletrônicos foram fornecidos pelo “baixinho”.
As de Thiago Prado e Leslie Leitão saíram do ar. A página de Lauro Jardim, que ainda funcionava hoje de manhã, tinha centenas de comentários que o ridicularizavam.
Certo que alguns exageradamente agressivos, mas a maioria indignados e irônicos:
  • E sobre o Romário Faria não vai falar nada ou vai desativar o Facebook também?
  • Amigo, explica como arranjaram o documento falso do Romário por gentileza? Abraço!
  • Quem foi o estelionatário que falsificou o documento da sua matéria contra o Romário ? Algum parceiro seu? Peixe!
  •  É sobre o documento do Romário Faria? Sendo falso pode citar a fonte, ou será que é falsa a noticia?
     
E um dos mais engraçados:
  • Tem um vizinho meu aqui que tá me incomodando muito, já tivemos até algumas rusgas. Gostaria de saber quanto a Veja cobra para publicar uma matéria dizendo que ele tá enriquecendo urânio na casa dele?
A revista mantém o mais sepulcral silêncio desde que Romário contestou a informação publicada.
Nada, nem uma palavra ou explicação.
Se a revista confia no trabalho dos seus repórteres e na autenticidade do que publica, é obvio que teria respondido.
Eles próprios deveriam exigi-lo. A redação inteira, aliás.
Se não descambar para a agressão, o método “cobrança direta” estimulado por Romário talvez seja uma boa lição.
Somos responsáveis pelo que escrevemos e, se erramos, temos de reconhecer que erramos e porque o fizemos.
Disse ontem aqui que não há “sigilo de fonte” quando se trata de uma falsificação para atingir a honra alheia.
E mais: se temos o direito e o dever de em nome da apuração jornalística publicar o que temos segurança de que é verdadeiro, também temos o dever de suportar as consequências disso.
 Romário tem o direito de reagir e um argumento irrespondível para os que vierem com “punhos de renda” politicamente corretos contra sua iniciativa de publicar os endereços onde seus detratores tem de ler o que se leu acima.
Afinal, eles tem um império de comunicação para responder e, 24 horas depois de apontada a farsa, não o fizeram.